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Mulher aconselha que “Se o seu marido alguma vez
descobre "que ela anda preparando outro café fresco” pode apanhar www.guerrilhanerd.com
Para inúmeros problemas do nosso país, neste ano de 2013, minha opinião é de que muitos deles são causados pelo conservadorismo de muitos dos nossos costumes. Sinceramente não sei se “conservadorismo dos nossos costumes” possa parecer um tanto quanto redundante (se no próprio costume fica inerente seu conservadorismo), mas não abriria mão deste determinante ao ainda presenciar mazelas como a estratificação de gênero num país tão miscigenado como o Brasil.
No entanto, se é que existe algum culpado, infelizmente ainda não tenho certeza. Ou melhor, se há pelo menos uma culpa por dolo. De fato, numa sociedade fundada sobre preconceitos, as mulheres constituem um dos grupos sociais mais marginalizados deste país. No entanto, por mais incrível que possa parecer (pelo menos a priori), não consigo imaginar que fruto de uma decisão individual consciente algum homem ainda possa acreditar numa possível situação superior sua em relação às mulheres.
Acredito que muitos dos valores dos quais o nosso país ainda preza como primordiais não só o subjuga ao comando de uma elite hegemônica, capaz de controlar grandes mídias tradicionais para seus objetivos econômicos, mas também o mantem arraigado sob uma série de preconceitos conservadores, que em nada contribuem para a construção de uma sociedade igualitária, com respeito às diferenças.
O vídeo que assisti durante uma aula de S. Jurídica¹, especificamente, sintetiza a visão de subjugação que ainda existe entre gêneros também em países considerados “desenvolvidos”, como o Canadá, idêntica ao Brasil. Não só presente mas também cultivada pelo mercado publicitário, visão arcaica que quase sempre é assimilada sem devida reflexão pela maioria de nós. Retomando a questão de possível culpado dessa visão (pelo menos considerando-a como fruto de uma vontade consciente de subjugação das mulheres), por meio de dados, vemos também os próprios homens como vítimas de seus preconceitos, arraigados numa sociedade que não respeita a si mesma, muito menos o considerado diferente.
Também numa aula de S. Jurídica, li uma reportagem relatando o estupro de uma jovem israelense² a qual acredito sustentar minha opinião. Assim como um juiz aposentado, candidato preferido do primeiro-ministro de seu país a presidir o Tribunal interno de um partido consegue imaginar alguma possível satisfação da mulher durante o estupro, não vejo outra justificativa a não ser o peso que falácias e costumes ainda podem desempenhar sobre qualquer um de nós, independente de classe social ou escolaridade.
“Juntos e misturados”. No Brasil, difícil é nos considerarmos negros ou brancos, afinal nossas raízes estão muito além das nossas características físicas. No entanto, numa sociedade ainda bastante conservadora e preconceituosa, não seria hipócrita a ponto de não dizer que a cor da pele e o seu gênero “dizem muito sobre quem você é”.
Neste momento, não me lembro ao certo ter sofrido alguma discriminação do tipo (talvez tão somente por ser homem e ser considerado branco). No entanto, ao falar sobre o assunto, me lembro de presenciar um homem no início deste ano, olhando para uma manifestante descamisada, durante a Marcha das Vadias, dizer algo do tipo: “Tá vendo? Depois elas querem que a gente respeite”.
....
.........
¹ http://www.youtube.com/watch?v=HaB2b1w52yE, vídeo com as representações das mulheres e dos homens pelos comerciais de TV no Canadá.
²Leia a reportagem na íntegra: Reprodução/haaretz.com
"Algumas meninas
gostam de ser estupradas", diz juiz durante julgamento em Israel
Depois de polêmica,
juiz perdeu apoio do premiê Netanyahu
Ao afirmar que "algumas meninas gostam de ser
estupradas", durante a audiência de um caso de estupro de uma menor, hoje
com 19 anos, um juiz causou polêmica entre a população de Israel. A declaração
foi feita pelo aposentado Nissim Yeshaya, que
continua atuando em alguns casos de apelação institucionais
no Distrito
de Tel Aviv.
Segundo a imprensa nacional, o magistrado surpreendeu os
participantes da audiência da Comissão de Apelação da Previdência Social,
realizada nesta terça-feira (5), com o comentário, gerando protestos revoltados
e condenações de todo o espectro político local. Na ocasião, a vítima não
estava presente.
Após o comentário, foi pedido a interdição imediata de
Yeshaya, aposentado há quatro anos e que atua como presidente de tribunais administrativos
e de orientação. O pedido foi feito à ministra da Justiça, Tzipi Livni, pela
presidente da comissão parlamentar para o Status da Mulher, Aliza Laví.
O crime
A jovem tinha 13 anos quando foi violentada por quatro
palestinos. A advogada de defesa, Aloni Sadovnik, descreveu a declaração do
juiz à rádio do exército israelense. "Ele nem sequer percebeu o que
acabava de dizer. Não entendia por que todo mundo estava em silêncio ao mesmo
tempo."
Após a polêmica, Yeshaya tentou se defender. "Estão tentando
conseguir publicidade às minhas custas. Eu não acho que a vítima de um estupro
não sofra danos com ele ou que o estupro não seja um crime grave. [Meus
comentários] foram mal interpretados."
O juiz era o candidato preferido do primeiro-ministro, Benjamin
Netanyahu, a presidir o Tribunal interno do partido Likud, mas hoje o
governante retirou seu apoio porque "uma pessoa que se expressa assim não
merece o cargo".
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sábado, 9 de novembro de 2013
O que pode explicar a estratificação de gênero no Brasil?
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Se as novelas fossem o único meio de informação no país, como seria?
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Imagem: http://www.marciacosmeticos.com.br |
É grande a influência que as novelas desempenham sobre a vida e o comportamento do povo. Muito além de entretenimento e negócio comercial lucrativo, as novelas influenciam e modificam a visão de mundo que muitos de nós brasileiros temos acerca da realidade.
Com contribuição tanto positiva quanto
negativa, as telenovelas se apresentam como o principal meio de difusão do
gênero. Principalmente na TV aberta, as novelas se tornaram objetos de batalha
entre grupos tradicionais de comunicação de massa devido ao grande número
de lares por elas alcançadas.
De fato as novelas são uma grande fonte de distribuição de informações. No entanto, hipoteticamente considerá-las de maneira unívoca conquanto única fonte de informação ao nosso país sem dúvida alguma traria enormes distorções.
No Brasil, diariamente, poucos não
são os casos de novelas que mantêm visões arcaicas acerca da sociedade e tentam
disseminá-las como padrões que deveriam ser seguidos por todos aqueles que
gostariam de se integrar a um grupo possivelmente considerado “melhor”.
Ideologias
diariamente são disseminadas das quais, devido ao ainda baixo nível de acesso
da maioria da população à educação, não podem ser claramente identificadas e
criticadas por todos. Pensamentos unilaterais muitas vezes retratados sem um
contraponto, amplamente divulgados por novelas criadas e recriadas pelos mesmos
autores e financiadas pelos mesmos grandes grupos comerciais.
Principalmente
na TV aberta, frequentemente nos deparamos com novelas que expõem personagens
que se tornam ídolos por cometerem atividades ilícitas das quais acreditam
serem o caminho mais fácil de “vencer” na vida.
Determinados grupos sociais constantemente são representados com papeis marginalizados e caracterizados negativamente até mesmo pelo seu sotaque (caso frequente com os nordestinos que se encontram na região Sudeste). Conteúdos indevidos são indiscriminadamente disponibilizados a todos sem qualquer adequação eficiente à idade, além de vários outros inúmeros problemas que estão relacionados ao compromisso desse gênero exclusivamente com seus acordos publicitários.
Fazer das novelas único
meio de informação representaria um retrocesso à Democracia em desenvolvimento
no nosso país. Na luta por um Brasil mais justo e menos conservador no trato
aos seus cidadãos, a novela como única fonte de informação não seria capaz de
representar em seus personagens todas as características e problemas que devem
ser combatidos num país tão miscigenado como o nosso.
De fato as novelas
não constituem por si só de todo ruim quanto aos seus assuntos abordados,
principalmente quando retratam tabus cotidianamente. No entanto, como qualquer
outro meio de comunicação, não há melhor remédio que não a heterogeneidade de
informações para que possamos ter acesso a conteúdos que possibilitem um olhar
diferente do que estamos acostumados a ver como “verdadeiro”.
Principalmente pelo seu
poder de influência e alcance num país como o nosso (onde a maioria da
população não tem acesso digno à educação) considerá-la como única fonte de
informação à sociedade, do contrário à promoção de cidadãos, promoveria tão
somente uma legião de indivíduos alienados, os quais impossibilitados de
reconhecer até mesmo a si próprios.
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Imagem: http://revistavilanova.com |
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Pra lá de Cega
No Brasil, a justiça é cega, tardia e falha. Não quero dizer que eu não acredite que não haja justiça em algumas das sentenças julgadas em nosso país, mas sim que, analisando-se os julgados em sua maioria, o que acredito é que há uma grande supremacia da injustiça na maioria das nossas decisões.
O
justo no nosso país cada vez mais se mostra tão raro e restrito a um seleto
grupo de pessoas que sem dúvidas podemos considerá-lo uma injustiça. Nos países
considerados civilizados, sob a influência grego-romana, a deusa justiça
aparece de olhos vendados em alusão à sua neutralidade e imparcialidade
mediante a consideração de todos os cidadãos iguais perante a lei. Contudo, no
Brasil, “civilizado” ou não, no dia a dia o que vemos é a inoperância e
deficiência do poder Judiciário no trato aos cidadãos que possuem bons
advogados e os que estão simplesmente à mercê do ordenamento jurídico,
principalmente quando o assunto é execução penal.
A
ação penal 470, “O Mensalão”, hoje à tarde, pode se tornar mais um fiel exemplo
dessa situação. Com a infinidade de recursos e possibilidades para se postergar
a decisão dos magistrados, hoje poderemos entender que o Supremo não é tão
Supremo assim. Após os últimos nove anos destinados à coleta de provas e
julgamentos, de trocas de ministros do STF durante esse período, a infinidade
de recursos que somente uma minoria da população tem a possibilidade de apelar
pode simplesmente anular e recomeçar do zero o julgamento para doze dos vinte e
quatro condenados, mediante aceitação ou não dos chamados embargos infringentes
pelos ministros.
O
contraste da nossa justiça é cada vez mais evidente. Isso, tanto no momento do
julgamento quanto no cumprimento das penas, às quais, de maneira recorrente,
casos de pessoas que deveriam estar soltas após devido cumprimento de suas
penas, estão simplesmente esquecidas dentro do nosso arcabouço carcerário.
Desde
2008, mutirões carcerários, organizados pelo Conselho Nacional de Justiça,
identificaram mais de 45 mil irregularidades no cumprimento das penas dentro
dos nossos presídios. De pessoas que há muitos anos poderiam cumprir o restante
de suas penas sob regime semiaberto a pessoas que pagaram sua dívida com a
sociedade e deveriam estar soltas a mais de 24 anos, como caso recém descoberto
de um senhor no Ceará de aproximadamente 80 anos de idade, que deveria ter sido solto em 1989,
mas ainda em 2013 fora encontrado num instituto psiquiátrico para criminosos no
Ceará.
Em
relação ao caso “Mensalão”, por exemplo, não há dúvidas de que nenhum dos
condenados, caso um dia tenham de cumprir de falto suas penas, não passarão
sequer um dia a mais num presídio. Pois amplamente protegidos por seus
caríssimos advogados, utilizam-se das minúcias e até contradições do nosso
sistema jurídico para serem defendidos.
Muito
além da crítica à não igualdade de condições para todos perante às leis critico
também a maneira como as leis estão postas em nosso Direito em relação à sua
execução. De forma alguma sou contra princípios fundamentais do nosso Direito,
como o devido processo legal, por exemplo, que garante a possibilidade de
recursos e de tempo considerável para análise das provas no intuito de que as
decisões dos magistrados sejam as menos arbitrárias possíveis.
No
entanto, é preciso não só que busquemos estender tais direitos a todos os
brasileiros, mas também não nos olvidemos do compromisso com a decidibilidade dos nossos tribunais e não
permitamos que os recursos utilizados nas sentenças sejam utilizados meramente
como artifícios, com o objetivo de dar infinidade ao processo, não à busca pela
justiça.
Que
o significado de justiça é multívoco e que há a possibilidade de que haja
muitas concepções acerca do vocábulo em nosso país não tenho dúvidas. Mas
também acredito que todos nós, cidadãos brasileiros, convergimos em muitos
desses sentidos e não vejo outra alternativa para a nossa sociedade senão requerermos
reformas estruturais e éticas nos poderes Judiciário e Legislativo, que
impossibilitem a manipulação do aparato público em prol de uma minoria que se
julga acima das leis e da sua aplicação. Infelizmente, possibilidade existente hoje,
mais uma vez, na análise do embargos infringentes pelo STF. ![]() |
Imagem:www1.folha.uol.com.br/ Homem de aproximadamente 80 anos permanece em instituto que abriga infratores após pena ser extinta em 1989 |
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
?PaLaVRaPalaVra?
01/08/13 20:40/00:00
A palavra realmente é
algo que me fascina. Para uma infinidade de problemas da vida, é dela que
encontro respostas. Entre mim e as palavras acredito que há uma forte ligação:
com a palavra encontro conforto e tranquilidade. Sem a palavra, há momentos tão
difíceis que parecem inexoráveis, pois não se vão nem mesmo com o tempo.
Nessa relação entre
mim e a palavra, contudo, devo admitir que nem tudo são flores. Volta e meia
fico com um pedaço da minha cabeça encucado com alguma de suas facetas. Na
escrita ou na fala, muitas são as minhas dúvidas em relação ao seu uso, muitas
são as sensações que o seu uso me traz e estranhas são as conseqüências que
elas podem causar até mesmo a terceiros- para quem não disse ou escreveu nada.
Porém, ainda que me
traga muitos benefícios, por menor que seja, devo admitir que há um problema
nessa relação. Ainda não tenho certeza se esse problema é tão somente entre mim
e aquele livro chamado gramática que nos insistem jogar goela baixo, mas do que
posso afirmar, diante de minha “longínqua” trajetória de dezenove anos que não
vos julgueis caso considerei-a curta, é que há momentos em que as palavras,
ditas ou escritas, geram em mim um enorme desconforto.
Às vezes penso que
esse problema pode ser tão somente da quantidade de regras que acho
desnecessárias contidas nesse livro o meu maior problema. Quanto à utilização
de suas regras gramaticais que acabam por definir uma só determinada maneira
que eu tenha de dizer ou falar numa série de situações ou tão somente pelo
conservadorismo que ainda a ronda por continuar nas mãos de alguns senhores
parados no tempo do Dia do Fico.
Entretanto, com o
passar do tempo, entendi que essas alternativas não eram o meu problema, ou
infelizmente o maior de todos eles. Isso, pois, além da minha implicância em
relação à infinidade de normas de utilização das suas amigas próximas, como as
vírgulas, muitas vezes a dificuldade que encontro nas palavras é quando elas já
estão prontas para saírem de minha boca, prontas para eu falar, ou quando estou
a finalizar um texto e não consigo pensar em algumas poucas palavras com
tamanha afinidade sem que os meus pensamentos entrem em ebulição.
Hoje em dia, fico
intrigado cada vez mais ao pensar numa possível relação existente entre elas.
Depois da primeira palavra escrita no papel há alguma que deve ser a próxima?
Na prosa ou no verso, como é possível estruturá-las de maneira lógica e
acessível ao entendimento de outras pessoas distribuídas numa série de linhas?
Como é possível dizer e elucidar um assunto numa prosa de várias páginas sem
desdizer tudo aquilo que já foi dito com outras palavras numa extensa
sequência?
Dessa inquietude em
relação à lógica das palavras, sinto muitas vezes sensações antagônicas
principalmente quando escrevo. Ainda que na escrita encontro refúgio e paz por
conseguir despejar e inundar meus problemas e ansiedades num simples papel,
estou num momento em que a escrita tem sido concebida de maneira cada vez mais
difícil (se é que concebida é o termo correto). Não entendo se são normais
algumas dificuldades que sinto quando falo ou escrevo, se tais dificuldades são
tão somente causadas por momento ou por falta de costume, se levar um tempo
maior que a média das pessoas para escrever um texto não é algo que mereça
tanta atenção, ou se isso é tão somente falta de organização ou aptidão...
...Sinceramente
ESPERO QUE NÃO!
Neste ano, tive a
sorte e o privilégio de assistir a uma palestra de um dos maiores poetas ainda
vivos no nosso país, Ferreira Gullar. Achei ainda mais interessante o seu
discurso no momento em que o poeta fora indagado por alguém da platéia sobre
uma possível afinidade entre as palavras. Com grande surpresa, inicialmente
achei engraçado que outras pessoas compartilhavam a mesma dúvida que a minha e
até mesmo pensei que eu não deveria ser tão bizarro a ponto de levantar
questões tão “normais” como essa, ao mesmo tempo em que ascendeu-me um pouco de
esperança e ansiedade ao pensar que o poeta saberia a resposta e a me diria
naquele momento e eu ficaria em feliz, tão somente feliz!
(parada para um
“café”, seis dias depois...) 07/08/2013
Segundo Gullar, não
há nenhum compromisso entre elas. Para ele, um poema feito por um autor, uma
vez perdido ou rasgado, nunca mais pode renascer com as mesmas palavras, mesmo
que escritas pelo mesmo autor. A título de exemplificação, Gullar contou à
platéia sua tentativa de refazer um poema, com o mesmo título e as mesmas palavras,
pois não o achava em sua casa e gostaria de relê-lo. Sete anos mais tarde, na
última gaveta de sua escrivaninha, Gullar nos contou que reencontrou o poema
perdido e decidiu compará-lo ao “velho-novo” poema escrito diante da ausência
do original. Entretanto, segundo ele, a não ser pelo título, nenhum sentido nas
palavras poderia ser visto igualmente entre os dois, nenhuma palavra estava
posta de maneira análoga entre eles, a intensidade com que foram usadas as
palavras nos dois poemas não era a mesma, e assim o acaso era a única relação
plausível que parecia existir entre elas.
Alguns meses depois,
confesso que continuo com algumas dúvidas relacionadas entre o acaso ou o
ordenamento existente entre as palavras. Da mesma maneira que Gullar alegou a
existência do acaso, não duvido que encontre outros poetas tão geniais quanto
que me alegarão a afinidade e ordenamento necessário que existe entre elas.
Diferentes tentativas de explicações para tentarmos entender tamanho poder que
elas desempenham sobre nós.
Depois de muita
reflexão, decidi que, pelo menos neste momento, o melhor caminho para eu me
despreocupar com a fala e a estruturação dos meus textos é não buscar um abismo
entre o Caos e o Cosmos em relação à afinidade entre elas. Não escondo a minha
preferência pelo acaso, que deve ser o responsável por nos possibilitar sermos
ao mesmo tempo tão iguais e diferentes a cada dia, quando conversarmos com
alguém que amamos ou quando simplesmente falamos consigo mesmos. Mas apesar de
minha preferência pelo acaso, não julgo aqueles que se sentem mais confortáveis
em acreditar que as palavras, que foram ou que serão ditas por nós, já foram
escritas por algo ou alguém em algum lugar e que não temos condições de
modificá-las durante o decorrer da nossa vida.
Pelo menos
temporariamente, busco a naturalidade como o melhor caminho para todas elas.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
"Prominto" parar de mentir
Está aqui. Minha primeira participação numa Audiência Pública. Salvo o nervosismo diante do público e perante a inércia dos nossos governantes, esta Audiência ocorreu na Câmara Municipal de Nova Lima no dia 17 de abril de 2012. Infelizmente, ainda a situação do transporte coletivo é a mesma. Mas, a vontade e a crença de que a mudança é possível só aumenta a cada dia.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Algo nos une
Em meio a inúmeros protestos e
reivindicações, os meses de abril a julho de 2013 representaram um marco na
vida política brasileira. Se antes a insatisfação da população com
os rumos do país se manteve refém do silêncio de políticos e das mídias
tradicionais, em conjunto, o povo decidiu sair às ruas em busca dos seus
direitos.
Das manifestações que ocorreram, muitos
brasileiros puderam finalmente resgatar o espírito revolucionário do nosso
povo, que, ao contrário do que muitos pensam, em nenhum momento da nossa
história se contentou com a hegemonia das classes minoritárias.
Com os movimentos sociais que se
insurgiram, também presenciamos o claro posicionamento reacionário de clãs
familiares que ainda se mantêm no poder por meio da manipulação da opinião e da
administração pública. Famílias que insistem em usurpar o patrimônio
e a ideologia pública brasileira para interesses particulares, jornalistas e políticos que
durante semanas simplesmente uniformizaram como vândalos milhares de pessoas
que foram duramente reprimidas por “cães de guarda” treinados para combater os
seus próprios semelhantes.
Mesmo respeitando, infelizmente
presenciei também durante algumas semanas posicionamentos contrários de amigos
às manifestações. Cada um com seus argumentos criticaram duramente o movimento,
o que me fez refletir acerca do assunto.
Dentre várias opiniões, contudo,
percebi que muitas justificativas por parte dos que não concordavam possuíam
semelhanças. Semelhanças essas que punham em xeque a validade do movimento pelo
não posicionamento anterior do povo frente a assuntos possivelmente mais
importantes, como a PEC 37 e o projeto conhecido como “Cura Gay”. Além disso,
questionamentos quanto à sua eficácia, considerando-se a falta de líderes às manifestações,
o que facilitaria, segundo alguns, a manipulação dos movimentos, por alguma
entidade com o objetivo de dar um golpe.
Pois bem, para mim, o que tive certeza
com essas respostas e que, creio, continuará me intrigando ao longo de minha
vida é o conservadorismo, o costume radical e até mesmo, desculpem-me o termo,
a quantidade de pessoas caretas que vivem em nosso país em pleno século XXI.
Isso, fato também que infelizmente reflete inúmeros problemas que ainda existem
neste país, como preconceito, homofobia e qualquer outro tipo de discriminação
em geral.
Das opiniões contrárias aos movimentos, o que pude entender foi o peso que falácias e tradições ainda têm em nosso país. Por exemplo, da história que dizem que “O Gigante Acordou”. Hoje, já não tenho mais dúvidas da precariedade não só de boatos conservadores que rondam o Brasil, mas também da má influencia de muitos livros didáticos de autores que simplesmente desconstroem a historiografia do nosso país, retratando-nos apenas como um povo omisso, apaixonado e cego pelo futebol, avesso a qualquer participação de fatos importantes que transformaram a nossa história.
História essa a mesma que considera que
o povo apenas assistiu à Independência bestializado, de que a escravidão fora
abolida no Brasil apenas pela pressão inglesa e de que todos os governos que se
aproximaram das massas foram meramente assistencialistas, populistas e
caçadores de votos.
Dos movimentos em 2013, o que houve foi
um resgate da vontade política em nosso país em retomar o direito de poder
escolher sobre o seu futuro assim como nossos antepassados lutaram
para permitir que milhões de pessoas possam sair às ruas hoje em busca
daquilo que acreditam.
Em relação à falta de um possível sentido, um foco, e de líderes que, possivelmente, poderiam dar Unidade a estes movimentos, minha opinião também é contrária. Em nada podem ser considerados inferiores estes movimentos por não terem sido convocados por uma Central Sindical ou por um partido político específico, por exemplo. Aliás, o modo como foram organizadas as nossas manifestações refletiram uma tendência mundial de movimentos horizontais, um passo importante para a maturidade do Brasil, que vive numa democracia ainda jovem, que permite, sim, a participação direta do povo na sua construção.
Contudo, mesmo criticados por não terem um possível foco definido, ao
contrário, acredito que houve sim um algo que uniu e que possibilitará a todos
esses movimentos surtirem efeitos não só agora, mas também ao longo das
décadas.
Dos
vários cartazes exigindo os mais diversos direitos, em todos eles pode ser
visto uma vontade homogênea por maior participação política, por maior respeito
dos agentes públicos que se encontram no poder que é do povo e por maior
dignidade à população que não suporta mais encarar escândalos que afrontam o
povo brasileiro.
Definitivamente, o gigante não acordou. Isso, pois, garanto a vocês que o
Brasil nunca havia dormido. Na verdade,
passamos neste momento por uma consolidação da nossa confiança e aos
poucos entendemos que somente juntos superaremos as desigualdades enraizadas
neste país e a crise Institucional a qual estamos à beira do abismo.
Amplamente apoiado pela maioria dos brasileiros,
oito em cada dez, segundo o DataFolha, devo admitir que não concordo com tudo o
que aconteceu nessas manifestações. Infelizmente, assim como houve milhões de
pessoas que foram às ruas de maneira pacífica para lutar pelos seus direitos,
de fato minorias exaltadas se rebelaram por meio de caminhos não democráticos
contra a ordem pública autoritária, o que não se justifica. Entretanto, mais do
que simplesmente condenar essa minoria e cunhá-la como vândala, é plausível
entendermos que poucas pessoas tiveram oportunidades, quiçá privilégios, de
aprenderem dentro de uma escola ou em suas casas que o povo não precisa
utilizar da violência para transformar o seu futuro, mas sim de DEMOCRACIA, a qual nos garante o poder legítimo de mudarmos o nosso país de maneira legítima.
A
todos, incentivo participarem desse momento tão importante da história do Brasil. Como podemos ver, o que muitos criticavam que supostamente não dávamos a devida
importância como a PEC 37 e a “Cura Gay” foram barrados no Congresso, sem dúvida alguma, devido às manifestações. Além disso, embora ainda poucas,
outras importantes conquistas já foram alcançadas, como royalties do pré-sal
destinados à educação e à saúde, projeto que estava engavetado nos arquivos de
Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara, que dificilmente seria votado.
Quero deixar claro que em hipótese
alguma quero que vocês simplesmente concordem com a minha opinião sem devida
reflexão sobre o assunto. Realmente, o que escrevi acima não posso garantir a
ninguém que esteja correto, que seja verídico. Mas, digo a vocês, que ainda acredito no poder do povo. Por favor, vamos dar crédito ao movimento para mantermos viva a vontade pela transformação da organização da nossa sociedade, a qual penso ter chegado infelizmente num estágio insuportável de irracionalidade. VAMOS, BRASIL!
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Pampulha, junho de 2013 |
Carta aberta
Olá, pessoal.
Novamente, abro uma página do World para tentar justificar o meu afastamento
nada temporário do Veraneio Vascaína. Dessa vez, gostaria pelo menos de concluí-la
de maneira que eu possa postá-la neste blog.
Pelo menos até agora,
diferentemente do que eu pensava, acreditei que neste ano eu escreveria sobre
diversos temas e simplesmente inundaria este blog com uma centena de postagens.
Ainda muito preocupado e ocupado com o Vestibular em 2012, na faculdade, caso
eu passasse/o que aconteceu, pensei que seria muito bom para o blog, pois teria
mais tempo para escrever.
Contudo, embora tenha
me dedicado bastante no primeiro período, não utilizarei como desculpa que não
foi possível, até então, tirar um tempinho para escrever. Que uma ou duas horas
de minha semana não pudessem ter sido reservadas ao blog, aliás, o que fiz, mas
muito pouco, e achei que não valeria a pena uma publicação.
Como podem notar,
este Veraneio se acomodou um pouco. As postagens, que antes eram no máximo
mensais, tornaram-se cada vez mais escassas. O número de acessos, que chegou a
mais de 200 por semana, hoje se amarga com o meu, às vezes.
Durante alguns meses,
confesso, fiquei um pouco triste por não conseguir dar continuidade ao
Veraneio. Assim, comecei uma série de questionamentos a mim mesmo sobre os por
quês que antes me motivavam e agora, pelo menos aparentemente, não mais.
Com a vontade de
voltar a escrever e manter rejuvenescido este blog, busquei novas alternativas
que pudessem me motivar novamente. Convidei amigos para escreverem artigos,
modifiquei algumas configurações e até mesmo procurei um novo nome que pudesse
ser atrativo e sintetizar uma nova fase.
Mas, como veem, isso
não deu certo. Ou talvez, não diretamente. Primeiro, penso que redescobri um
fator simples, mas que para mim fora de suma importância: que um blog
necessita de algo muito maior do que tempo. Felizmente, a partir daí, com os
vários por quês e algumas outras tentativas que não surtiram efeito de
imediato, entendi que deveria me dedicar a uma única e exclusiva questão que
aparentemente eu havia esquecido: O quê me faz escrever e postar neste blog?
Pois bem, acredito
que a reencontrei. Quando eu decidi criar este blog, o fiz com dois principais
objetivos: no intuito de fazer uma literatura (como muitos poetas dizem) de
catarse e de despertar no maior número de pessoas que eu pudesse reflexão
acerca da organização do nosso país. Por isso, optei não somente escrever nos
meus cadernos a fim de encontrar um caminho que pudesse me possibilitar pelo
menos um pouco de conforto em relação ao terrível cenário político brasileiro,
mas também criei um blog com o objetivo de despertar o interesse em quem não
mais acredita que podemos mudar o futuro do Brasil através da política.
A partir de hoje,
quero novamente reativar este blog. Mas, antes disso, desde já esclareço que
não colocarei esta como uma necessidade primordial. Da resposta que encontrei
em relação à criação do Veraneio em 2011, agora mais tranqüilo, tenho aprendido
a me expressar também de outras maneiras, de demonstrar a minha insatisfação e
de tentar “contaminar” quem quer que esteja à minha volta para a vontade
política por meio de formas em nada inferiores quanto à importância da prosa e
da charge.
Manifestações,
folhetins, debates com os amigos, cobrança direta aos nossos representantes,
conhecimento de novos caminhos tão eficientes quanto pode ser este Veraneio,
que têm me possibilitado querer mais e continuar acreditando que somos capazes
sim de mudarmos o futuro do nosso país. Com outros milhares de pessoas que se
expressam de maneiras tão diversas e também não querem se acomodar diante da decisão
do seu futuro continuarei fazendo o possível para manter este blog como espaço
para reflexão.
Quero agradecer a
todos vocês que pelo menos uma vez visitaram este Veraneio. Antes que eu me
esqueça, é importante relembrar que continuo à procura de deixar este blog mais
dinâmico, mais participativo, o que é essencial para um debate. Mesmo com os
anos, confesso que não entendo como configurar algumas coisas! Até lá,
novamente os incentivo a me enviar qualquer crítica ou opinião ao meu email.
Com vontade
revigorada e alguns possíveis erros gramaticais, VAMOS MUDAR O BRASIL!
Att;
luccasrenato@hotmail.com
terça-feira, 11 de junho de 2013
ABAIXO A DITADURA
VERDADE, REPARAÇÃO, REFORMAS
CONSTITUCIONAIS E JUSTIÇA! Não ao decreto de esquecimento. Para que nunca mais
este episódio se repita na história do Brasil, Justiça de Transição completa e
eficiente JÁ!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
A CUT e o PT
http://brasillimpeza.blogspot.com.br/2012/07/cut-pode-ir-as-ruas-para-defender-os.html |
Na democracia
brasileira, uma das maiores conquistas garantidas pela Constituição de 1988 foi
ter assegurado ao cidadão o direito de se manifestar e se organizar em
sindicatos, o que lhe garante um modo legítimo de defesa aos seus interesses.
Entretanto, já a partir da década de 1990, muitas dessas organizações, como a
CUT (Central Única dos trabalhadores), passaram a ser lideradas por
representantes políticos, líderes que, ao invés de promoverem a estrita defesa
aos interesses do trabalhador urbano, condicionaram-se à obediência às ordens
de figurões políticos do país, remetendo-nos ao período do peleguismo no Brasil.
A CUT do Rio tem
preparado uma série de manifestações em clara oposição às penas deferidas pelo
STF a representantes do PT na ação penal 470, o mensalão. Líderes do sindicato,
sob alegação de ter sido um julgamento político, creem que as sentenças do STF
no mensalão devem ser anuladas, pois foram tomadas sob influência da mídia, da
pressão popular e da oposição da base governista, com o objetivo de enfraquecer
o PT. Diante de tal posição do sindicato e de seu histórico marcado por apoio
ao partido dos trabalhadores, mais uma vez a maior organização sindical do
Brasil parece refém da influência dos interesses de mandatários petistas, que
estão no comando do sindicato, o que, novamente, nos faz repensar sobre a real
atuação do sindicalismo no Brasil hoje.
Em declaração dada à
Folha de São Paulo no dia 25 de janeiro, José Garcia Lima, dirigente da CUT-RJ
e organizador das manifestações contrárias às punições a petistas no mensalão,
crê ter ocorrido no STF “um julgamento político” e qualifica como “vítimas” os
petistas condenados no caso, como o ex-ministro chefe da Casa Civil, José
Dirceu, e o ex-presidente do PT, José Genoíno.
Para José Garcia, não
houve compra de apoio parlamentar durante o governo Lula e que, por isso, esse
apoio dado a petistas não pode ser considerado subordinação da CUT ao partido
(como muitos estudiosos creem acontecer), mas sim, segundo José Garcia, uma resposta
democrática do maior sindicato do país a um julgamento político. Lima diz que
não teme, com isso, ver a central vinculada com a defesa da impunidade, mas sim
que tal posicionamento leva em consideração que “A CUT teme ser cúmplice de uma
injustiça”.
Em favor dos petistas
culpados pelo STF, Lima também reiterou a tese segundo a qual o caso não se
tratou de compra de apoio parlamentar no Congresso a favor do governo Lula, mas
somente da prática recorrente na política brasileira de caixa dois de campanha.
Para mim, soa como
lamentável e no mínimo preocupante em pleno 2013 um sindicato da grandeza da
CUT, com mais de sete milhões de trabalhadores representados, demonstrar-se
ainda tão ligado a um partido político. Não sou contra a filiação partidária
dos seus representantes, mas creio ser incorreta a posição de um líder como
José Garcia, com tamanha influência sobre a classe operária no país, tomar essa
posição de defesa dos condenados pelo STF pautado em sua figura de dirigente da
CUT do Rio de Janeiro.
Todos os brasileiros
têm, sim, o direito garantido de se posicionarem contra ou a favor publicamente
de alguma decisão deferida pelo nosso Judiciário. Entretanto, cabe-nos a tarefa
importante de garantir esse direito a todos para que, segundo as suas próprias
reflexões diante das sentenças, sem influências de organizações
político-partidárias ou sindicatos, posicionem-se contra ou a favor de alguma
decisão deferida pelos Tribunais.
A relação da CUT com
o PT tem sido alvo de críticas até mesmo dentro do próprio Partido dos
Trabalhadores. Ex-petistas como Fernando Gabeira, Heloísa Helena, por exemplo,
em oposição à influencia do partido na CUT na década de 1990, abandonaram a
sigla e ajudaram a fundar novos partidos políticos como o PV e o PSOL, hoje,
partidos de oposição ao PT. A relação da CUT com o PT, por isso, e por sua
recente nova empreitada em reverter as penas do STF, para muitos, há muito
tempo deveria ser alvo de uma investigação a fundo da polícia federal, uma vez
que, caso seja realmente comprovada tamanha influencia dessa sigla dentro da
CUT, o poder de manifestação e autonomia do trabalhador urbano está subjugado
aos interesses da classe dominante, da classe que está no poder e consegue se
manter nele devido à sua influencia diante das massas.
Creio também ser
lamentável a defesa por parte de um dirigente da CUT da tese de que o mensalão
se tratou exclusivamente de caixa dois de campanha, e que, por isso, os
envolvidos não podem ser presos, já que, segundo Garcia, não há nenhuma
campanha política no país nos últimos 50 anos que tenha sido limpa. Acredito
ser um absurdo esse tipo de posicionamento de um representante da classe
operária do Brasil, país marcado em toda a sua história pelo poder das
oligarquias políticas, que se mantêm no poder devido ao seu grande poderio
financeiro e descumprimento das leis brasileiras.
Diante do
posicionamento da CUT em favor dos políticos petistas considerados culpados
pelo STF e da importância dos sindicatos como resposta legítima do trabalhador
aos patrões e empresários no Brasil, é possível inferir a real necessidade de
apuramento das relações partidárias com o sindicalismo no país. Muito além do
um bilhão de reais que os líderes de sindicatos movimentam anualmente com as
mensalidades pagas pelo trabalhador brasileiro, o enorme número de
trabalhadores filiados aos sindicatos podem ser facilmente coagidos a partir de
interesses dos partidos políticos que desrespeitam as regras e corrompem a
Constituição brasileira. É preciso também que a decisão do STF no caso mensalão
seja respeitada, pois tal medida pode representar o início da verdadeira
instauração do Estado de Direito no Brasil, onde todos poderão ser julgados
igualmente, independentemente de sua classe social. As sentenças deferidas
pelo mensalão, realmente, podem causar insatisfação e descontentamento em
líderes acostumados com a impunidade. Contudo, discordar de uma decisão do STF,
sim; criticar, sim; desobedecer, não.
Tira dúvidas!
Pelegos: Pedaço de pele ou lã
utilizado para amenizar os impactos em uma
cavalgadura.
O sindicato dos pelegos tem como um dos seus responsáveis João Goulart, então
Ministro do Trabalho do governo Vargas (1951-1954). Sindicalistas pelegos são
aqueles que, aparentemente representando os trabalhadores, atendem de fato aos
interesses do governo ou dos patrões.
CUT: A maior central
sindical do Brasil, da América Latina e a 5ª maior do mundo, com 3.438
entidades filiadas, 7.464.846 trabalhadoras e trabalhadores associados e
22.034.145 trabalhadoras e trabalhadores na base. Apresentou inúmeras
dissidências nos últimos anos, principalmente de grupos de esquerda, em
oposição à relação do sindicato com o PT.
Caixa
dois: Para Cármem Lúcia, ministra do Supremo
Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, defender a tese
de que houve caixa dois de campanha para a defesa dos culpados no mensalão é o
mesmo que tentar justificar um crime com outro crime ao alegar que o dinheiro distribuído
a parlamentares era para o pagamento de dívidas de campanha, e não compra de
apoio político. "Alguém afirmar que houve
ilícito com a tranquilidade que se fez aqui é algo inédito em minha vida
profissional. É como se o ilícito fosse uma coisa normal e pudesse ser assumido
tranquilidade. É como dizer 'ora, brasileiro, o ilícito é normal'. A
ilegalidade não é normal. Num estado de direito, o ilícito há de ser processado
e punido”, palavras da ministra diante da defesa dos advogados petistas.
Declaração
de José Garcia Lima concedida à Folha sobre o julgamento do mensalão: "Não há uma única campanha política no país nos
últimos 50 anos que tenha sido limpa. Não defendo corrupção nem discuto
descumprimento de regras. Por que diabo valem para o PT as regras eleitorais e
não para os outros? Tenho de fazer campanha vendendo camisa, bóton e santinho
do PT. Os outros podem fazer caixa dois que não acontece nada?
"Conheço, do PT,
todos os envolvidos. Tenho absoluta certeza de que nenhum deles colocou nenhum tostão
no bolso. Justiça episódica é sacanagem. Se for para todo mundo, a gente até
embarca."
Renan não! Junte-se a nós!
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Charge: Folha.de.SãoPaulo |
Eleito por Alagoas
deputado estadual, duas vezes deputado federal e atualmente em pleno exercício
de seu terceiro mandato de Senador, Renan Calheiros, mais uma vez, é denunciado
pelo Ministério Público. Com uma carreira repleta de escândalos
políticos, que culminaram em sua renúncia ao cargo de presidente do Senado em
2007, Renan Calheiros é o candidato mais cotado no Congresso para reassumir a
vaga de presidente do Senado nesta sexta-feira, 01/02.
Entenda a renúncia ao
cargo de presidente do Senado em 2007 e a atual denúncia do Ministério Público
contra Renan:
Em 2007, Renan Calheiros foi acusado de ter as suas contas particulares pagas
por um lobista. Na época, Renan foi acusado de pagar a pensão alimentícia de
sua filha com a jornalista Monica Veloso com dinheiro de corrupção. Para não
ter os seus direitos políticos cassados com a instauração de uma CPI, Calheiros
renunciou ao cargo.
Nova Denúncia do Ministério
Público: Em meio ao clima de
disputa pela cadeira de presidente do Senado, Calheiros é acusado pelo
Ministério Público de ter apresentado notas fiscais frias para tentar comprovar
que não teve contas pessoas pagas por um lobista. A eleição para a presidência
do Senado acontecerá nesta sexta-feira, com voto secreto, e Renan Calheiros
favorito para reassumir o cargo.
Manifeste-se;
Junte-se a nós!
Voltamos!
“Cuidado,
pessoal, lá vem vindo a Veraneio!”
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