O aquecimento global é um processo natural e necessário. Sem ele, a temperatura média da Terra giraria em torno de 18ºC mesmo com o fornecimento constante de energia do sol, o que dificultaria a nossa vida no planeta. O aquecimento global caracteriza-se pela reflexão dos raios solares na Terra, principalmente nos pólos do planeta em que a cor branca é predominante e a capacidade de reflexão dos raios solares nas grandes geleiras torna-se maior, em torno de 90% (fenômeno do Albedo). O calor refletido pela Terra irradia-se de volta ao espaço, já o calor não refletido, é absorvido pela Terra, aquecendo os oceanos e a atmosfera.
O problema é, lançamos cada vez maiores quantidades de gases que contribuem para aumentar o aquecimento global, como o Dióxido de Carbono (CO2) e o Metano (CH4), por exemplo. A concentração de Dióxido de Carbono na atmosfera tem aumentado cerca de 0,4% anualmente. Este aumento deve-se às refinarias de petróleo, gás, carvão e às queimas desenfreadas de florestas tropicais. Quanto maiores são as concentrações de gases poluentes na atmosfera, maior é o calor retido, contribuindo assim para um aumento gradativo na temperatura média da Terra.
É cada vez maior a preocupação com os efeitos do aquecimento global. Diversas medidas vêm sendo tomadas por representantes dos grandes e maiores países poluidores do mundo, mas infelizmente, acabam ficando apenas no papel, como no caso do Protocolo de Kyoto. O acordo prevê que, entre 2008 e 2012, os países desenvolvidos (maiores poluidores do mundo), reduzam suas emissões em 5.2% relativamente aos níveis medidos em 1990. O tratado foi estabelecido em 1997 em Kyoto, no Japão, e assinado por 84 países, dos quais apenas 30 já transformaram suas determinações em Lei. Países desenvolvidos como os Estados Unidos, recusam-se a assinar o acordo, sob a alegação de que é prejudicial à sua economia.
Diminuir o aquecimento global é uma necessidade do nosso planeta que vai muito mais além de qualquer desenvolvimento ou ganho individual de algum país. As consequências estão no aumento dos riscos de enchentes, derretimento de geleiras, incêndios florestais e furacões que, de acordo com diversos cientistas, acompanharão a mudança climática. Segundo o climatologista Stephen Schneider, da Stanford University, a estimativa de aumento da temperatura situa-se entre 1,5ºC e 4,5ºC durante os próximos 25 anos. Problemas como esses já podem ser evidenciados no Brasil com maior frequência, queimadas na maior floresta tropical do mundo, por exemplo, aumentam a cada ano, destruindo a rica biodiversidade ainda existente.
Acordos para redução na emissão de gases na atmosfera são embargados constantemente devido a forte pressão dos países desenvolvidos por não quererem abrir mão de seus lucros. Até pela visão mais capitalista possível em relação ao aquecimento global, se começássemos a tomar medidas para evitar maiores tragédias no futuro, economizaríamos milhões de vidas e muito mais dinheiro, se essa realmente for a grande preocupação de muitos. Os Estados Unidos enfrentam atualmente problemas com tornados que devastam o país com maior força a cada ano. O número de mortes provocadas pelo tornado sobe a cada hora, até agora foram encontrados mais de 350 corpos e uma avaliadora de riscos de desastres, a EQECAT, estima o valor de perdas de propriedades seguradas entre 2 e 5 bilhões de dólares devido ao caos gerado pelos violentos tornados que passaram por sete Estados no sul do país nesta semana. Quem sabe quando os desastres começarem a mexer nos bolsos dos mais ricos, começamos a tomar medidas para solucionar o problema, só temos que tomar cuidado para que não seja tarde demais.
Fonte para pesquisa: http://www.knowledge.allianz.com.br/br/index.html
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http://obviousmag.org/archives/2007/06/aquecimento_glo.html |
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