sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Você já ouviu falar que "A indústria automobilística é o carro chefe da Economia"?



                                 MANIFESTO PELA MOBILIDADE URBANA: PARTE DOIS



   Há décadas governos têm dado prioridade a facilitações às montadoras (como a Isenção de impostos, como o IPI), em detrimento de políticas públicas que priorizem investir e conscientizar a população sobre a importância do transporte coletivo e de que há outras possibilidades também eficientes além do carro.


   É principalmente em troca de um suposto crescimento na Economia que as nossas vozes têm sido simplesmente substituídas por indicadores econômicos sem que seja considerado de fato que crescimento não seja necessariamente sinônimo de desenvolvimento. 


   -Mas será mesmo que a indústria automobilística é o nosso "carro chefe da Economia?" - E, caso realmente seja, não será importante nos questionarmos se o que ela tem trazido em uma mão como benefício não nos tem retirado em dobro com a outra, em função de uma política pública de transportes QUE ESTÁ SOMENTE VOLTADA PARA A EXPANSÃO DO CONSUMO??!! - Será que realmente vale a pena tanta redução de impostos a um setor que, além de saturar as nossas cidades desordenadamente, frequentemente coloca sob risco o emprego de milhares de trabalhadores "caso o governo não libere mais isenções fiscais em função de uma eventual linha de automóvel não ter vendido tantos milhares de carros como era o esperado?".


  Precisamos de uma MUDANÇA ESTRUTURAL. Ou refletimos sobre as mazelas da mobilidade urbana desde as suas raízes (é difícil, mas não impossível!), ou nos acomodamos e aceitamos que a nossa qualidade de vida continue sendo considerada apenas em segundo plano!


   Mudar é preciso: para isso,  importante é que NUNCA nos esqueçamos de que o fato de a indústria automobilística ser considerada o nosso "Carro chefe da Economia" não pode ser argumento por si só suficiente para continuarmos incentivando o consumo de automóveis particulares, em detrimento da nossa saúde. O carro chefe do Brasil, NÃO SE ESQUEÇA(!), já foi a cana, o boi, o café, o ouro... NÃO É PORQUE HOJE SUPOSTAMENTE É O CARRO, QUE NÃO PODEMOS MUDAR ESTA HISTÓRIA!


   #SAÚDEem1ºLUGAR!

   #VouDeÔnibus / #+Metrô / #+Bike+Saúde / #-Carro-Estresse /  #+Carona-Tempoperdido / #Qualidade De Vida é Prioridade / #+Transporte Coletivo-Engarrafamento.



Cena infelizmente frequente na região Metropolitana. "imobilidade urbana". 
Belvedere, BH.  





quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Democracia urbana e uma cidade para pessoas: só depende de você.



MANIFESTO PELA MOBILIDADE URBANA: PARTE UM.

Imagem: http://agenciapulsar.org/



   É fato de que não devemos simplesmente pegar experiências que deram certo à mobilidade urbana de outros países e acreditarmos que, sem devida adequação e contextualização aos nossos costumes, darão certo também à nossa realidade!

   No entanto, simplesmente fecharmos os olhos para o que há de positivo em qualquer outro lugar do mundo e acreditarmos que porque "aqui não é a Suíça ou a Inglaterra", que não temos a capacidade de construirmos uma mobilidade urbana ainda melhor e diferente da calamidade a qual hoje estamos sendo sufocados.

  Naturalmente muitos de nós temos bastante resistência a mudanças: isso é fato! No entanto, quando em excesso, a resistência à mudança pode também nos causar um medo que só tende a aumentar a nossa omissão e conivência com o aquilo que não concordamos (Ou você está satisfeito e acha que é normal perder tantas horas da sua vida ficando parado num engarrafamento?!).

  Pessoal, é possível que haja um consenso entre os leitores deste manifesto, e sejam todos - ou a grande maioria - moradores de uma cidade com o desejo de melhorá-la. As divergências começam quando tentamos estabelecer como será essa melhoria. Transporte público de qualidade, àreas verdes, calçadas e ciclovias estão entre as demandas mais comuns, mas o fato é que estabelecer parâmetros e critérios do que seja uma cidade para pessoas não é uma ciência fácil.¹

   Por isso, CIDADÃO, se até agora você não colocou, incentivo que coloque a partir de agora a sua qualidade de vida e de sua família em primeiro lugar. Acredite: a mudança só depende de você. 2014 foi mais um ano de eleições, que acabaram, sim, mas a participação do povo, inclusive a sua, ainda continua. Não se esqueça de cobrar reformas dos candidatos que você contribuiu para eleger, pois se não é perigoso que eles também se esqueçam de você.

    Você se lembra das propostas dos seus candidatos? Algum priorizou a mobilidade urbana?

   Pois bem, agora, em 2015, além de cidadão, mais do que nunca você pode se tornar um fiscalizador, cobrando que os seus representantes de fato trabalhem e priorizem o que é importante para você e para a sociedade. É preciso pensarmos também no outro, pensarmos que "ele também existe" (por incrível que pareça, muitos de nós "esquecemos" às vezes), para de fato trabalharmos buscando respostas para a melhoria da nossa qualidade vida de maneira condizente com aquilo que fazemos parte, ou seja, de uma sociedade, não apenas a partir dos nossos interesses individuais.

  Um povo urge por mudanças, #+respeito, # +saúde e  #+qualidade de vida. Se você  também faz parte dessa gente,  comece agora a mudança por você mesmo.


 #dêcarona #vádebike #vádeônibus #lutepelotransportepúblico #lutepelometrô #+saúde #Proteste #Levantaaí #Nãoficaaíparado
  



Imagem: http://ambientalistasemrede.org/

[1] Parágrafo retirado de um dos textos do Projeto "Cidades Para Pessoas".